Depois do confinamento causado pela pandemia, adotámos um modelo de trabalho híbrido. As suas vantagens são tantas (quer para colaboradores, quer para o negócio) que continua a ser o nosso modelo de eleição.
Chamámos ao nosso modelo híbrido Flexilobar (não fossemos nós uma agência de comunicação que coloca um nome em tudo). O Flexilobar consiste num modelo flexível com um mínimo de 50% do tempo presencial, no qual cada um escolhe os dias em que está presencial ou remoto, de acordo com a tipologia de trabalho que tem em mãos ou com os seus compromissos profissionais e pessoais.
Definimos o mínimo de 50% porque é importante estar com a equipa, criar memórias e manter a cultura positiva, informal e colaborativa que tanto nos define. Além disso, gostamos de estar com os colegas, partilhar conquistas e ajudar. Estabelecemos um tempo mínimo presencial sem limite máximo para que os colegas que, tal como eu, privilegiam o modelo presencial, possam estar o tempo que quiserem com os colegas.
A minha experiência com este modelo tem sido muito positiva. Sou autónoma para escolher os dias em que estou presencialmente, assim como para escolher o escritório onde irei trabalhar a cada dia. Além disso, este modelo permite-me um melhor equilíbrio entre a esfera profissional e pessoal. Não perco tanto tempo no trânsito, poupo dinheiro das deslocações e diminuo a minha pegada ecológica.
No departamento de People & Culture temos sentido que esta flexibilidade é muito atrativa na captação de talentos, por oposição aos modelos de trabalho de outras empresas.
Temos candidatos que estão 100% presenciais e gostavam de ter a oportunidade de fazer algum trabalho remoto. Temos outros candidatos que estão 100% remotos e sentem que precisam de estar presencialmente com colegas, por questões de saúde mental mas, também, de forma a criar relações mais significativas com outras pessoas, para partilhar, rir e sentirem-se apreciados como pessoas, além da profissão.
O modelo remoto pode ser muito solitário. Na minha opinião, também as empresas devem ser promotoras de saúde e proporcionar as melhores condições para podermos ser mais saudáveis. O nosso modelo híbrido tem contribuído positivamente para o bem-estar dos lobáticos, sendo um modelo que cada um pode adaptar às suas necessidades.
Este modelo de trabalho tem funcionado tão bem porque existe confiança nas pessoas.
Confiam que entreguemos um bom trabalho e que cumprimos as nossas responsabilidades, independentemente do sítio onde trabalhamos. Ir ao escritório tem um propósito: tirar o melhor partido da equipa que temos à nossa volta e da cultura que partilhamos. Não é sobre estar todo o dia em frente ao computador com os fones nos ouvidos. Nesses dias em que precisamos de fazer tarefas que exigem maior concentração optamos por ficar remotos.
Para além da equipa, que é, sem dúvida, o fator mas preponderante, temos outros benefícios que nos fazem sentir bem-vindos nos escritórios. A começar pelas cozinhas com pão e fruta fresca; os doces e salgados que os colegas trazem para partilhar; as aulas de ginásio ou pilates com a equipa; o momento conjunto de ginástica matinal diária; a celebração de novos projetos; entre tantos outros acontecimentos característicos de cada escritório.
O LOB’OFFICE DAY
É, também, a pensar nestes momentos em equipa que criámos o LOB’OFFICE DAY. Acreditamos que é estando juntos que fortalecemos o nosso valor como equipa e sentimos que fazemos parte de um universo cheio de positividade e talento.
A LOBA é feita de pessoas.
Um dia por mês juntamo-nos no escritório mais próximo. É um dia diferente para estar com colegas de outras equipas e departamentos, para trocar ideias e experiências, e para estar presente. Esta presença e interação reforçam a nossa cultura e promovem a inovação, consolidando a nossa força como uma grande equipa de criatividade e tecnologia.
Nestes dias trabalhamos, claro, e somamos outras dinâmicas. Trabalhamos menos horas (apenas 5h) e evitamos marcar reuniões para estarmos mais disponíveis para os colegas que querem falar connosco. Organizamos lanches e almoços mais longos e em equipa, onde aproveitamos para estender as conversas, estar com colegas diferentes e em sítios diferentes.
Neste dia sentimos também diferenças ao nível da produtividade, pois ao não termos reuniões garantimos que estamos mais tempo focados. Com a vantagem de sabermos que os colegas estão a uns metros de nós e, também, sem reuniões permite resolver algumas situações de trabalho mais rapidamente.
Depois das 16h30 temos dinâmicas com toda a equipa, que vão variando a cada LOB’OFFICE DAY. No penúltimo evento fizemos um LOBA Talks. Nos LOBA Talks é apresentado um tema transversal à organização onde qualquer colega pode contribuir com as suas ideias. Participa quem se identifica com o tema ou quem considera ter inputs para partilhar. Já discutimos temas como sustentabilidade e boas práticas. Na última edição discutimos como podemos agregar mais valor em tudo o que fazemos. São brainstormings muito interessantes, porque resultam sempre em muitas e boas sugestões.
Acreditamos que estes momentos têm funcionado muito bem porque temos um tema definido, mantemos um ambiente informal, o grupo de pessoas é diversificado (por exemplo, com diferentes funções e áreas) e voluntário. Existe um moderador com diretrizes para guiar a discussão, temos mais de 1h30 para discutir o tema sem pressas e evitar conclusões precipitadas.
Noutros LOB’OFFICE DAY promovemos experiências de teambuilding ou outras dinâmicas, como torneios de PS. Estes momentos têm permitido conhecer melhor colegas com quem não trabalhamos no dia-a-dia, surpreendendo-nos com outras facetas de colegas que estão tantos dias ao nosso lado, partilhar gostos e ideias e aprender.
Como não podia deixar de ser, é um dia repleto de comida em que os colegas partilham os seus dotes culinários. A cereja no topo do bolo? Terminar o dia com umas minis fresquinhas a acompanhar uma boa conversa. Nunca há hora de fim.
O dia termina quando o último fecha a porta.
E são estes momentos diferentes que nos permitem criar memórias para o futuro, consolidar relações que, às vezes, vão para além das profissionais, que funcionam como motivação mesmo para aqueles dias mais difíceis.
